Curriculum musical

Este blog tem como finalidade divulgar a vida musical de Adilson Gavião.

Ao clicar nas postagens anteriores, você terá acesso à todo o tipo de informação relacionada à carreira de Adilson.

Introdução

Adilson Gavião, carioca nascido e criado no Bairro do Engenho de Dentro.

Produtor e músico: cavaquinho, violão e banjo.

Atualmente é um dos responsáveis por um estúdio de gravação no Méier (Rio de Janeiro).

Os primeiros anos

Na década de setenta, Adilson Gavião contribuiu com suas músicas inéditas para trilhas de fundos musicais para programas televisivos da rede Globo. Todas essas músicas foram gravadas com a orquestra da Rede Globo, e os programas incluem: Planeta dos Homens, Caso Verdade, Praça da Alegria e Fantástico.

Em 1977 ocorreu a gravação em disco de vinil do seu primeiro samba como compositor. Era um compacto simples, realizado pela gravadora Som Livre, e a intérprete foi Sossó da Bahia.

Teve uma música de sua autoria veiculada para tema de abertura do programa “Caso Verdade”, pela Rede Globo (1982), no especial em que foi retratada a Vida de Joãozinho Trinta”. Esse tema foi executado pelo maestro Radamés Gnattali e orquestra Rede Globo. Esta gravação foi feita especialmente para esse programa.

Em 1984, através do compositor e cantor Baianinho (Em Cima da Hora) e do compositor Walter Rosa da Portela, conheceu o produtor e musico Genaro, líder do conjunto Nosso Samba. Este era o grupo musical oficial na época da cantora Clara Nunes de outros artistas. Genaro ajudou muito Adilson, ao colocar suas músicas em alguns discos das suas produções e indicando-o para outros colegas produtores.

Ainda em 1984, Adilson, junto com Neoci e alguns músicos, formaram o pagode do “Cura Ressaca”, essa confraternização equivale ao que hoje é denominado como “Pagode de Mesa”. Ocorria primeiramente nos bares de Bonsucesso, e depois na Ilha do Governador. Os frequentadores desse pagode eram compositores ainda discretos na época, como: Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Bandeira Brasil, Cláudio Camunguelo, Sombra, Adilson Victor, Adilson Bispo, Zé Roberto, Acyr Marques, Marquinho PQD, Roberto Serrão, Guilherme Nascimento, Henrique Damião. Ainda frequentavam outros compositores, que já estavam mais consolidados no mercado na época, como: Jorge Aragão, Almir Guinéto, Grupo Fundo de Quintal, Beto Sem Braço, Nei Lopes, Wilson Moreira, Luis Carlos da Vila, Sombrinha, Noca da Portela entre outros. Enquanto que na Ilha do Governador frequentavam: Didi da Ilha, Franco, Aurinho da Ilha, Aroldo Melodia, Djalma Falcão, Bicudo, Guará da Ribeira além de alguns outros que também frequentavam o “Cura Ressaca” do Neoci.

Este pagode era essencial na época para os compositores poderem divulgar suas músicas gravadas e mostrar as inéditas. Como se pode observar, grandes nomes da música popular saíram de lá.

Os músicos fundadores do “Cura Ressaca” eram, além de Adilson Gavião: Darci Maravilha, Capri, Alexandre D’Mendes, Jacaré 7 cordas, Rubinho do Cavaco, Everaldo da Tantã, Fábio, Clécio e Cosme do Pandeiro, Paulinho Capri, Wagner do Tamborim, Coutinho do Reco-Reco.
Através de Neoci, Adilson conheceu vários artistas que posteriormente gravaram suas composições. O cantor Jair Rodrigues foi um dos primeiros a gravar uma composição de Adilson Gavião nessa nova fase da sua carreira.

Década de 1980

1980: Participou do Primeiro Simpósio Cultural de Música Popular Brasileira, do jornal O Dia e IARPEX. O tema era “De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola”, dirigido por Ricardo Cravo Albim.

Teve um samba de bloco de embalo pelo Cacique de Ramos, junto com os parceiros Carlos Caetano e Bira Presidente (Grupo Fundo de Quintal). O desfile ocorreu na Avenida Rio Branco, a avenida mais tradicional do carnaval carioca.

Adilson Gavião participou, em parceria com Carlinhos Cachambi, da composição de uma música do disco intitulado Raça Brasileira. Através desse Lp e K7, foram lançados para o sucesso: Zeca Pagodinho, Pedrinho da Flor, Jovelina Perola Negra, Mauro Diniz e Elaine Machado; a produção foi de Milton Manhães. É possível afirmar que foi através desse disco que houve uma grande explosão do samba, fazendo virar febre e se propagar principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Isso tudo ocorreu aliado aos outros artistas de samba que já estavam no mercado, como: Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Alcione, Fundo de Quintal e Almir Guinéto. A música de Adilson e Carlinhos, intitulada “Pomba Rolou”, foi interpretada por Jovelina Pérola Negra, ainda iniciante nessa época.

Ainda na década de 1980, Adilson Gavião ganhou dois sambas de enredo pela Escola de Samba Unidos do Cabuçu (Grupo Especial na época).

Década de 1990

Teve a felicidade de compor em 1993, com os parceiros: Sereno e Robson Guimarães, a música intitulada “A Batucada dos Nossos Tantãs”, gravada originalmente pelo Grupo Fundo de Quintal. Hoje, essa mesma música conta com mais de 20 regravações, inclusive no Japão. Também foi lançada na França, em um CD de música brasileira. “A Batucada dos Nossos Tantãs” foi uma das primeiras experiências na junção de hip-hop e samba, realizada pelo cantor Marcelo D-2 (1998). Ainda hoje é considerada por muitos críticos como um dos “hinos do samba”.

Teve uma musica de sua autoria classificada como uma das representantes da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, no concurso: Fábrica do Samba. Neste concurso houve uma seleção entre quase 90 sambas divididos em eliminatórias na Mangueira, para a apresentação no festival, que ocorreu no Maracanãzinho. “Mangueira Força e Raiz” foi interpretada por Antonio Carlos (Sapato), chegando a ser semi-finalista do concurso.

Ainda na década de 1990, Adilson Gavião ganhou três sambas de enredo pelas Escolas de Samba Estácio de Sá (duas vezes) e Unidos da Tijuca (ambas no Grupo Especial).

Década de 2000

Em 2002 foi homenageado pela Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) por sua contribuição para o cenário musical.

Participou como instrumentista da Velha Guarda Musical de Vila Isabel.

Atualmente Adilson está trabalhando em seu projeto de Bossa-Nova, que contará com músicas inéditas de sua autoria. Grandes nomes participarão deste projeto.

Maiores informações sobre o Bossa 89 podem ser encontradas no blog referente ao mesmo:

www.bossa89.blogspot.com

Sambas de Enredo

Adilson Gavião possui cinco títulos como compositor para escolas de samba do Rio de Janeiro.

1987 - Foi um dos autores do samba vencedor com o enredo: Roberto Carlos – Escola de Samba Unidos do Cabuçú (Grupo Especial na época).

1988 - Foi um dos autores do samba vencedor com o enredo: O Mundo Mágico dos Trapalhões (Os Trapalhões: Didi, Dedé, Mussum e Zacarias) - Escola de Samba Unidos do Cabuçú (Grupo Especial na época).

1990 - Foi um dos autores do samba vencedor com o enredo: “Langsdorff, um Delírio na Sapucaí” (tema ecológico) – Escola de Samba Estácio de Sá (Grupo Especial).

1996 - Foi um dos autores do samba vencedor com o enredo: “De um Novo Mundo Eu Sou e Uma Nova Cidade Será” (o Teleporto está no ar) - Escola de Samba Estácio de Sá (Grupo Especial).

1998 - Foi um dos autores do samba vencedor com o enredo: “De Gama a Vasco, a Epopéia da Tijuca” - Escola de Samba Unidos da Tijuca (Grupo Especial). O enredo retratava a proximidade da chegada dos 500 anos do descobrimento do Brasil e os 100 anos de existência do Clube de Regatas Vasco da Gama. Este samba, segundo os próprios torcedores, virou o segundo hino do clube Vasco da Gama, sendo cantado em praticamente todos os jogos do Vasco pelas principais torcidas organizadas.

Artistas que já gravaram suas músicas

Almir Guinéto
Beth Carvalho
Grupo Fundo de Quintal
Jair Rodrigues
Jorge Aragão
Neguinho da Beija Flor
Dorina
Jorginho do Império
Jovelina Pérola Negra
Leci Brandão
Marcelo D2
Marquinho Sathan
Mestre Marçal
Reinaldo
Royce do Cavaco
Tobias da Vai-Vai
Grupo Swing & Simpatia
Vavá
Grupo Karametade
Célia Silva
Dentre outros